O Teste de Inclinação Ortostática - Tilt Table Test - é um método desenvolvido para testar como seu corpo regula a pressão arterial em resposta a mudanças de posição, ou seja, como sua pressão arterial se adapta ao estresse da gravidade.
A pressão arterial é regulada de forma inconsciente e contínua pelo sistema nervoso autônomo (SNA). Ao se mudar de posição, por exemplo, de deitado para a posição em pé, o SNA é estimulado para que, rapidamente, a pressão se ajuste à nova situação, evitando que ocorra queda no fluxo de sangue para o cérebro.
O Tilt Table Test está indicado para esclarecimento diagnóstico de tonturas e de perdas súbitas e transitórias de consciência (denominadas síncopes e conhecidas, popularmente, como desmaios).
Com esse procedimento, podem-se detectar disfunções no sistema cardiovascular ('disautonomias') que acarretam quedas indesejáveis da pressão arterial e da frequência de batimentos cardíacos, levando à perda de consciência por diminuição da circulação cerebral. Após a introdução deste método diagnóstico na prática clínica cardiológica, a maioria dos desmaios de origem não explicada passou a ser esclarecida e os pacientes passaram a ser tratados adequadamente.
Com o paciente deitado em uma maca basculante conhecida como 'tilt table' (mesa de inclinação). Durante todo o exame, a pressão arterial e os batimentos cardíacos são monitorizados continuamente.
O exame é realizado em 2 etapas:
Avalia como a pressão arterial reage às mudanças de postura. Após um período de repouso, o paciente é submetido a mudanças de postura que consistem em inclinações progressivas (elevação da cabeceira) da maca até 60 ou 70 graus. Faixas de segurança colocadas sobre a cintura e os joelhos, além de anteparo para os pés, manterão o paciente seguro na maca. O tempo de permanência em postura ortostática (quase de pé) é variável e pode durar até 45 minutos no caso do teste passivo prolongado. Se ocorrer queda acentuada da pressão arterial, o paciente será prontamente reposicionado para a posição inicial (deitado com a cabeceira a 0 grau ou levemente rebaixada).
Avalia como a pressão arterial reage a determinadas medicações.
Essa fase poderá ou não ser realizada, dependendo do que for observado na fase anterior. No nosso protocolo, a medicação utilizada nessa fase é o dinitrato de isossorbida, na dose de 1,25 mg, em gotas administradas por via sublingual.
O procedimento tem duração aproximada de 1 hora.
Jejum de 6 horas.
A sensibilidade do exame para detectar a presença de disautonomia é de no máximo 60%, ou seja, o exame será positivo em apenas 60% dos portadores dessa alteração.
Por outro lado, a especificidade - que é a chance do exame ser negativo quando a disfunção está ausente - é muito boa (entre 90 e 100%). Dessa forma, se o exame for negativo praticamente se descarta a presença de disautonomia.